terça-feira, 9 de outubro de 2007

Alto do Moura - Passeio/estudo Caruaru - 2007

O Alto do Moura é um bairro do município de Caruaru, capital do agreste pernambucano, localizado a cerca de 135 km do Recife. Reconhecido pela Unesco como o maior Centro de Artes Figurativas das Américas, no Alto do Moura praticamente toda casa é ateliê e todo morador é artesão. A arte do barro, passada de geração para geração, retrata cenas do cotidiano e dos costumes do povo nordestino. Mestre Vitalino, que começou a modelar bonecos aos seis anos de idade, foi o primeiro artista da comunidade a ganhar fama nacional e internacional. Hoje, a cerâmica figurativa e utilitária do Alto do Moura ultrapassa as fronteiras do país.

Vitalino Pereira dos Santos - Mestre Vitalino (1909-1963), nasceu no distrito de Ribeira dos Campos, nas cercanias da cidade de Caruaru.Casou com Joana Maria da Conceição, segundo contam, era tímido, cordial, amigo de todos, fala amável, franzino, pele áspera queimada de sol, cabelo escovinha, bigode raso, católico tradicional, devoto de Padre Cícero e festeiro. Como muitos, era analfabeto pois, praticamente, não existiam escolas na região.
O pai trabalhava na roça e a mãe além de o ajudar era louçeira. Fazia panelas, potes, jarros, alguidares, pratos, mealheiros etc. Vitalino desde criança brincava modelando com as sobras de barro de sua mãe. Voltado para o lúdico, fazia bichos: cavalos, bodes, vacas etc.

Aproveitando que o pai e o irmão vendiam na feira peças que sua mãe fazia, Vitalino passou a mandar para lá os bichinhos e outras coisas que modelava. Vendia barato e ganhava uns vinténs. Tinha uns 7 anos na ocasião.Com o passar do tempo, já com mais idade, passou a abordar outros temas em seus trabalhos. Assim começou o registro em barro, do homem do agreste nordestino, através de cenas do cotidiano rural: sua gente, usos e costumes.

ARTE FIGURATIVA (refere-se a qualquer produção que apresenta uma imagem possível de ser compreendida com base nos cinco sentidos, nos estereótipos sociais)




























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Maria Perpétua Teles Monteiro