sábado, 29 de março de 2008

DIA DA MENTIRA EM PERNAMBUCO

" A arte é uma mentira ' (Picasso)

Navegando pelo wikipedia encontrei estas informações sobre o 1º de abril. Vale conferir a participação do estado de pernambuco nessa história.
"Há muitas explicações para o 1 de abril ter se transformado no Dia da Mentira ou Dia dos Bobos. Uma delas diz que a brincadeira surgiu na França. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de abril. Em 1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries. Em países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como April Fool's Day ou Dia dos Tolos, na Itália e na França ele é chamado respectivamente pesce d'aprile e poisson d'avril, o que significa literalmente "peixe de abril". No Brasil, o 1º de abril começou a ser difundido em Pernambuco, onde circulou "A Mentira", um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente."
Amplie sua informações sobre questões relacionadas à mentira acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mentira

sábado, 15 de março de 2008

SEMANA SANTA EM PERNAMBUCO-ARTE E RELIGIOSIDADE

Pernambuco vive dias especiais- a Semana Santa. Estaremos em atividade, nas escolas da Rede Pública até terça-feira dia 18 e retornaremos dia 24/03/2008. Para os Católicos esse período começa na quarta-feira de cinzas e deve ser reservado para a reflexão e conversão espiritual. A quaresma em sentido religioso, é um tempo de preparação para a festa pascal, que comemora a ressurreição e a vitória de Cristo depois dos seus sofrimentos e morte, compreendendo que O mistério central do cristianismo não é a morte do Filho de Deus encarnado, mas a sua ressurreição. Nenhum período da vida de Jesus é tão minuciosamente conhecido quanto esse "PAIXÃO", os seus últimos dias, que vão da entrada triunfal em Jerusalém , no domingo de Ramos, ao sepultamento.
REPRESENTAÇÃO DA PAIXÃO EM PERNAMBUCO
A Semana Santa em Pernambuco traz um leque de opções para quem quer apreciar os tradicionais festejos da paixão de cristo . Em Recife é encenado o espetáculo da Paixão de Cristo na Praça do Marco Zero. A Paixão do Recife é, indiscutivelmente, emocionante! É a crença no Senhor que leva milhares de pessoas a ver e rever esta grandiosa encenação ao ar livre que revive os últimos momentos de Cristo, um evento de beleza, criatividade e emoção sem paralelo. O megaespetáculo dirigido por José Pimentel atinge o ápice de aplausos em sua última cena, quando o Cristo ressuscitado surge nos céus, de braços abertos, como símbolo da fé, da vida nova. Várias cidades se oferecem espetáculos no período nesse período entre elas: Bezerros, Gaibu, Lajedo , Limoeiro, Moreno, Olinda, Paulista, Sertânia, Garanhuns e Nova Jerusalém com um mega espetáculo.
PAIXÃO DE CRISTO EM NOVA JERUSALÉM (15 a 22 de Março de 2008)
Há mais de 50 anos é encenado em Pernambuco, na cidade de Fazenda Nova, o espetáculo PAIXÃO DE CRISTO, sendo considerado o maior espetáculo ao ar livre do mundo. O espetáculo atrai cerca de 8 mil pessoas por noite, contando a história de Jesus Cristo. A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém é um espetáculo móvel, onde o público se integra às cenas como se estivessem percorrendo os caminhos da velha Jerusalém que é cercada por uma muralha de pedra com 7 portas e 70 torres de 7 metros. No seu interior, atores e figurantes, seguidos de perto por quase 8 mil expectadores, percorrem os arruados e os 9 palcos-platéia, num espetáculo interativo.Esse espetáculo começou a ser encenado nas ruas da vila de Fazenda Nova, Pernambuco, no ano de 1951, graças à iniciativa do patriarca da família Mendonça, Epaminondas Mendonça. Depois de ter lido em uma revista como os alemães da cidade de Oberammergau encenavam a Paixão de Cristo, Mendonça teve a idéia de realizar um evento semelhante durante a Semana Santa para atrair turistas e movimentar o comércio local. A vila de Fazenda Nova, onde aconteceram essas primeiras encenações, fica bem próxima do local onde hoje se situa a cidade-teatro. O espetáculo da pequena vila contava com a participação de familiares e amigos dos Mendonça. A idéia de construir uma réplica da cidade de Jerusalém para as encenações da Paixão foi de Plínio Pacheco que chegou a Fazenda Nova em 1956. Mas o plano só veio a se concretizar em 1968, quando foi realizado o primeiro espetáculo na cidade-teatro de Nova Jerusalém.Gaúcho de Santa Maria, Plínio Pacheco tinha formação em comunicação pela Força Aérea Brasileira (FAB), mas gostava de dizer que era jornalista autodidata. Chegou à Fazenda Nova em 1956, a convite do então diretor e ator Luis Mendonça, que na época, interpretava o papel de Jesus no espetáculo da Paixão de Cristo.
A peça era representada nas ruas da pequena vila, distrito do município de Brejo da Madre de Deus, com a participação de camponeses, de pequenos comerciantes locais e também de alguns atores e técnicos que atuavam nos teatros de Recife.Plínio conheceu Diva Mendonça, filha mais nova de Epaminondas Mendonça, criador do espetáculo nas ruas da vila. Plínio e Diva casaram-se, e com o tempo, foram se envolvendo cada vez mais com a produção e coordenação da encenação da Paixão de Cristo.Em 1962, Plínio Pacheco teve uma idéia. Na verdade, um grande sonho, um sonho de pedra. Plínio vislumbrou a construção de uma réplica de Jerusalém em pleno coração do agreste pernambucano. O lugar, assim como a antiga Judéia, possuía muitas rochas, vegetação rasteira, clima semi-árido e o espaço de terra escolhido para se levantar a cidade-teatro era emoldurado por montanhas. Em 1963, os cenários começaram a ser erguidos num espaço de 100 mil metros quadrados, equivalente a 1/3 da área murada da Jerusalém da época de Jesus. Plínio Pacheco não só idealizou e construiu a obra em pedra e concreto, mas, também, uma obra literária. Em 1967, escreveu o texto da peça teatral "Jesus" que seria encenado pela primeira vez em 1968 em Nova Jerusalém já com seus palácios e muralhas iniciados. 41 anos depois, a cidade-teatro, que a cada ano ganha novas intervenções para melhorar as condições de encenação do espetáculo e o conforto do público, já recebeu mais de 2,5 milhões de pessoas, vindas dos quatro cantos da terra para assistir ao megaespetáculo da Paixão de Cristo."A vida colocou-me diante da pedra e da figura de granito que é o homem nordestino. Aquele era meu povo, cantando num cenário de sol. Criar a cidade-teatro. Uma cidade de sete portas e setenta torres. Unir fragmentos dispersos da personalidade humana, transformar homens mutilados em seres humanos completos. A força maior levando aos quadrantes da terra a notícia desta epopéia em granito. A construção da Nova Jerusalém. ...Erguida com 80% de recursos próprios, é uma sociedade privada, sem fins lucrativos. É claro que reconheço e todos sabem que tenho como princípio, que ninguém constrói nada sozinho. Diante disto, tenho a obrigação moral de tornar pública a gratidão da Nova Jerusalém e da Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN) a todos que aqui colocaram pedras, reais ou simbólicas. Mas, nós devemos ter a humildade e reconhecer que essas pedras, pertencem ao patrimônio cultural e artístico do País. Nova Jerusalém é patrimônio do povo. E cidadão nenhum tem o direito de reivindicar gratidão do seu País, porque é obrigação, particular e pública, de cada cidadão ampliar e multiplicar o patrimônio que recebeu dos seus antepassados.
PAIXÃO DE CRISTO EM GARANHUNS(Alto da Colina do Magano)
A vida e a morte(os últimos dias de Jesus Cristo na Terra) serão encenadas nas noites da Semana Santa no Alto do Magano - a 1.030 metros de altitude -, no município de Garanhuns, a 235 quilômetros do Recife. O espetáculo Jesus, Alegria dos Homens, em sua 18ª edição, é promovido por uma associação teatral com apoio da Prefeitura de Garanhuns.O local tem capacidade para cerca de cinco mil pessoas e, por conta da altitude, fica com uma temperatura média abaixo dos 10°C.
Jesus, Alegria dos Homens tem cerca de duas horas de duração e conta com mais de 200 atores e figurantes, entre amadores e profissionais. Um diferencial desse espetáculo é que a peça começa seu relato a partir da expulsão de Adão e Eva do Jardim do Édem, contando a história de Jesus desde a aparição do anjo à Maria, a cenas de suas pregações, traição e morte, encerrando com a Ressurreição de Cristo sob os aplausos do público e fogos de artifícios. Aqueles que decidirem passar a Semana Santa em Garanhuns devem trazer agasalhos e aproveitar os dias para conhecer pontos turísticos da "cidade das sete colinas", como o Relógio das Flores, a praça Dom Moura, que abriga o prédio da antiga estação Rodoviária e os parques Pau Pombo e Euclides Dourado.
COMO CHEGAR
De carro: BR-232 e BR-423 (no Km 150) De ônibus: A Jotude oferece viagem em ônibus opcional ou semi-expresso, saindo do Tip 12 vezes ao dia. Valor médio: R$ 27,80
Cenas do espetáculo Jesus Alegria dos Homens(2007) em Garanhuns

sábado, 1 de março de 2008

Aprovada criação da Data Magna em Pernambuco

Buscando informações sobre o 6 de março em Pernambuco, encontrei e selecionei estes dois textos. AGORA É LEI...DATA MAGNA PARA PERNAMBUCO e temos razões para isso.

"Foi escolhido o Dia da Revolução Constitucionalista, 6 de março
O projeto de lei que institui o dia 6 de março como a Data Magna de Pernambuco foi aprovado, ontem, em primeira discussão na Alepe. A matéria foi bastante debatida porque os parlamentares divergiram quanto à data ser ou não feriado. Predominou a sugestão de torná-la ponto facultativo. A alteração será votada hoje, durante a análise da proposta em segunda discussão.
A iniciativa de criar a Data Magna é da deputada Terezinha Nunes (PSDB), que defendeu o feriado. "Todos os estados brasileiros já tinham suas datas magnas e Pernambuco, que é o mais rico em revoluções libertárias, ainda não comemorava", ponderou a parlamentar, acrescentando que, lamentavelmente, "paralisamos as atividades no Dia da Inconfidência Mineira, mas não queremos parar no Dia da Revolução Constitucionalista de Pernambuco".
Terezinha foi aparteada pelos líderes das bancadas de Oposição e de Governo, os deputados Pedro Eurico (PSDB) e Isaltino Nascimento (PT). "A discussão recupera a historiografia de Pernambuco e do Brasil e traz questionamentos como o porquê de o 21 de abril ser feriado e o 6 de março não ser. Entretanto, é importante entender a realidade econômica e os prejuízos trazidos pelos feriados", ponderou o tucano.
Isaltino Nascimento propôs um debate, em 2008, com os setores empresariais, comercial e turístico para tratar do tema. "Essa não pode ser uma data em que se traga apenas momentos de lazer, mas a oportunidade de celebrar e ensinar aos mais jovens o quanto Pernambuco foi revolucionário", observou o petista. Os deputados Antônio Moraes (PSDB), Izaías Régis (PTB) e Raimundo Pimentel (PSDB) também apartearam a autora da proposta. Para eles, a iniciativa merece parabéns, mas a sobrecarga de feriados é prejudicial para o País.
Outro projeto que ganhou destaque na Ordem do Dia foi o de n° 403/07, que concede benefícios tributários a empresas que estão se instalando no Pólo de Poliéster, em Suape. A matéria foi aprovada em primeira discussão e receberá três emendas para ser votada, hoje, em segunda discussão. De acordo com Augusto Coutinho (DEM), que vai propor as alterações, o objetivo é fazer ajustes. "As emendas são fruto de acordo entre lideranças, porque da forma que o Poder Executivo enviou a matéria, iria prejudicar empresas aqui já instaladas".
O deputado Airinho (PSB) também sugeriu uma alteração no Projeto de Lei n° 257/07, que institui no calendário oficial de Pernambuco a Semana Estadual da Pessoa Portadora de Deficiência. Para o parlamentar, autor da proposta, na ementa deve constar Semana Estadual da Pessoa com Deficiência. A Comissão de Redação de Leis fará o ajuste. "O período será importante para discutir temas como barreiras arquitetônicas e empregabilidade da pessoa com deficiência", declarou o socialista. Ao todo, 19 projetos foram votados, sendo cinco em primeira discussão, 11 em segunda e três em redação final."
DISPONÍVEL EM:http://www.fisepe.pe.gov.br/cepe/materias2007/dez/legi15191207.htm

6 DE MARÇO:DATA MAGNA DE PERNAMBUCO - SEIS RAZÕES PARA ISSO.

"1) EM SEIS DE MARÇO DE 1817 COMEÇOU "A ÚNICA REVOLUÇÃO BRASILEIRA
DIGNA DESSE NOME".

segundo Oliveira Lima Foi o mais importante de
todos os movimentos políticos ocorridos no estado e o de maior
repercussão internacional. Já foi considerado feriado nacional, em
1917, e legou a a bela bandeira azul e branca, do sol, do arco-íris e da cruz.

2) NO SEIS DE MARÇO OS BRASILEIROS FORAM INDEPENDENTES PELA PRIMEIRA
VEZ.
Cinco anos antes do "sete de setembro" tivemos no Nordeste a
primeira república brasileira, com governo próprio, exército, marinha,
constituição, polícia, bandeira e até embaixador nos Estados Unidos
(Cruz Cabugá), durante 74 dias.

3) O SEIS DE MARÇO INAUGUROU A DEMOCRACIA NO PAÍS.
Pobres e ricos
tornaram-se iguais perante a Lei. Acabou a censura, houve liberdade
religiosa, de pensamento e de imprensa. Foi assinada a primeira lei abolicionista no Brasil e os maracatus puderam bater nas ruas do Recife pela primeira vez.

4) O SEIS DE MARÇO SIMBOLIZA AS OUTRAS DATAS PERNAMBUCANAS.
Representa o espírito popular e libertário do Quilombo do Palmares, o nativismo
da Restauração e o projeto da república olindense de 1710. Nele tem
suas raízes a Convenção de Beberibe, de 1821, a Confederação do
Equador, de 1824 e a Praieira, de 1848. Frei Caneca também começou
sua carreira política em 1817.

5) O SEIS DE MARÇO PRODUZIU O MAIOR NÚMERO DE HERÓIS E MÁRTIRES NO
BRASIL, como:
Cruz Cabugá, Padre Roma, Vigário Tenório, Frei Caneca,
Gervásio Pires, Abreu e Lima e o Leão Coroado, entre
centenas de outros. Se a Inconfidência Mineira, do Tiradentes, foi
reprimida pelos portugueses ao custo de dois mortos e meia dúzia de
degredados, no Nordeste, em 1817, houve MIL E SEISCENTOS
MORTOS E FERIDOS E MAIS DE OITOCENTOS DEGREDADOS!

6) NO SEIS DE MARÇO COMEÇOU A MAIS ATREVIDA E ROMÂNTICA DAS REVOLUÇÕES
BRASILEIRAS.
Liderada por militares, padres e comerciantes, foi tão
ousada que planejou libertar Napoleão da ilha de Santa Helena. E tão
apaixonada que o seu símbolo foi o caso de amor proibido entre o maior
líder republicano e a filha do português mais rico de Pernambuco. Eles
fizeram o casamento mais festejado até hoje no estado e talvez o mais
importante da história do País."
Dispivível em:http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/11/403335.shtml

Olegária Mariano - legendária mulher pernambucana

VOCÊ SABIA?!!!!!!!!!

DIARIO DE PERNAMBUCO
OPINIÃO
Olegária Mariano - legendária mulher pernambucana/Jorge Luís Moura Ex-comandante da PMPE e advogado
A grande história de Pernambuco tem em seu acervo, incontáveis vultos que são verdadeiros ícones, que, pelas suas ações e exemplos deixaram marcas indeléveis nas gerações do passado e do porvir.Todavia, alguns desses são pouco conhecidos da atual geração apesar de em sua época, terem destacadas atuações em prol do povo e da história de Pernambuco.Neste patamar histórico, emerge a imagem emblemática de Olegária da Costa Gama, honorável esposa do grande abolicionista e tribuno pernambucano José Mariano Carneiro Cunha, também conhecida como dona Olegarinha - ou Olegária Mariano.De acordo com a proficiente pesquisadora Semira Adler Vainsencher, do Instituto de Pesquisas Sociais da Fundação Joaquim Nabuco (outro destacado nome da plêiade de ilustres pernambucanos), a recifense e legendária Olegária Mariano, como esposa de José Mariano foi de grande importância para a comunidade maurícia, que "pela sua bondade e dedicação aos escravos, é apelidada de "mãe dos pobres" e "mãe do povo".Olegária sempre apoiava os escravos fugidos, roubados das senzalas, ou alforriados para o Ceará.Muitos deles fugiam em barcaças carregadas de capim e ramagens, as quais passavam defronte da chefatura de polícia, na Rua da Aurora (atual prédio da chefia da Polícia Civil de Pernambuco).O papel de dona Olegarinha foi marcante no final do século XIX, na luta abolicionista, pois, quando José Mariano ficou preso, esta insigne mulher "continuou lutando em prol da abolição da escravatura", cujo exemplo dignificante bem que poderia ter sido enaltecido como uma personagem da recente novela da TV Globo - Sinhá Moça.Mas, este enaltecimento não passou despercebido pelo povo e ocorreu na ocasião de seu falecimento, que assim descreve a pesquisadora Semiira Adler:"No dia 24 de abril de 1898, em decorrência das complicações de uma gripe, morre dona Olegarinha, a amada esposa de José Mariano. Ele se achava no Rio de Janeiro e sequer pôde assistir aos funerais prestados pela população pernambucana. Esta, que a divinizava, se condoeu muito com o fato. Fala-se que foram muitos os pretos que se suicidaram, envenenando-se ou jogando-se no Rio Capibaribe. E a chamada Mãe dos Pobres teve um enterro solene".E acrescenta ainda a mencionada pesquisadora."Após tal dolorosa perda, José Mariano se afasta das lutas políticas. Em 1899, ele é nomeado oficial do registro de títulos, pelo presidente Rodrigues Alves, e também é presenteado com um cartório de títulos e documentos, na Rua do Rosário, no Rio de Janeiro.Infelizmente, não muito tempo depois José Mariano Carneiro Cunha adoece e vem a falecer no dia 8 de junho de 1912. Às expensas do estado, o navio Ceará transportou o corpo embalsamado para o Recife. No estado, foi decretado luto por três dias, e houve uma comoção geral em seu enterro. As pessoas jogavam flores em seu esquife e muitas choravam. Para homenagear esse ilustre abolicionista pernambucano, o periódico A Lanceta publica alguns versos, em sua edição de 12 de junho de 1912, que terminam assim:Chore... Chore o Brasil sua grande desdita.Porque o cedro tombou!Foi erigida em sua homenagem, posteriormente, uma estátua no Poço da Panela, e deram o seu nome, ainda, ao cais que ladeia uma das margens do Rio Capibaribe, no centro do Recife: o Cais José Mariano. Seus contemporâneos, contudo, sempre desejaram que ele fosse lembrado como um excelente orador popular, um grande abolicionista e republicano, e, principalmente, um pernambucano que deu tudo de si ao próximo e à pátria. Todavia, não existe nenhum monumento em homenagem a esta insigne mulher para registrar sua luta em favor da libertação dos escravos, que à luz da verdade histórica, bem que poderia ser erigida sua estátua ao lado do seu venerando esposo, José Mariano, no Poço da Panela, simbolizando a têmpera, dedicação, sacrifício e amor da mulher pernambucana. Meus parabéns, portanto, aos organizadores da festa que será realizada no dia 06 de março, no auditório do TRF da 5ª Região, à frente o jornalista Carlos Cavalcante, que decidiram instituir a Medalha do Mérito Olegária Mariano.Concluindo pelo seu pujante passado, Olegária Mariano foi honra e glória, para seu povo e estado, e paradigma de mulher que mudou a história de Pernambuco como se acha consignada nas estrofes do seu imortal hino;"Liberdade! Um teu filho proclama!Dos escravos o peito se inflama Ante o sol desta Terra da Cruz!"
Disponível em:http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=851&textCode=7862&date=currentDate

 
Maria Perpétua Teles Monteiro