sábado, 3 de novembro de 2007

PASSEIO/ESTUDO CENTRO DA CIDADE DO RECIFE

Nosso estudo no Centro do Recife teve início na Casa da Cultura, de lá tínhamos a previsão de visitar o Museu da Cidade do Recife como havia sido planejado, mas antes de sairmos para o Recife fomos comunicados da impossibilidade de visita uma vez que o local estava sendo pintado. Ficou para a próxima. Como estávamos estudando os Holandeses em Pernambuco a ponte Maurício de Nassau tornou-se, por sua história, objeto de curiosidade.

A ponte Maurício de Nassau, uma das pontes do Recife, liga a Av. Marquês de Olinda à Rua 1º de Março, centro do Recife. Sua construção foi iniciada em 1640, durante o governo do Conde Maurício de Nassau. Foi a primeira grande ponte construída no Brasil, assentada em pilares de pedra. A construção extrapolou as verbas destinadas à obra pela Companhia das Índias Ocidentais e o conde usou da esperteza para resolver o problema: divulgou que, durante a inauguração da ponte um boi iria voar e determinou a cobrança de pedágio, com isso arrecadando dois mil florins. Para que o povo (que pela primeira vez iria atravessar o rio Capibaribe por uma ponte) não se sentisse enganado e não se rebelasse, Maurício de Nassau "fez um boi voar". O truque é que o animal era empalhado e foi suspenso por cordas meticulosamente ocultas. A inauguração ocorreu a 28/02/1643. Em 1865, foi substituída por uma ponte metálica. Em 1917, deu lugar a ponte ainda hoje existente, em concreto.

Mesmo não sendo possível entrar no Museu da cidade do Recife vale apena conhecer sua história e a história do Forte das Cinco Pontas onde ele funciona atualmente.O museu se encontra funcionando no Forte das Cinco Pontas, desde 1982, é um dos principais pontos de partida para se conhecer melhor a história da cidade. O Museu exibe a exposição Missão Cruls – Brasília 54 anos que apresenta fatos históricos que levaram à interiorização da capital do Brasil e fundação de Brasília. Um dos momentos retratados é a Missão Cruls, expedição comandada pelo cientista belga Luiz Cruls em 1982. Imagens, fotos, painéis e textos contam a história que vai desde a Inconfidência Mineira, em 1789, até a inauguração da cidade, em 1960. Antes disso em outubro de 1630, no mesmo ano em que se iniciara o domínio holandês no Brasil, Theodoro Waerdenburch, o comandante das forças holandesas de terra, ordenou a construção de um forte na ponta sul da Ilha de Antônio Vaz (Ilha de Santo Antônio). Foi encarregado da traça, o engenheiro Commeresteyn.
A posição escolhida, permitia ao forte Frederick Henrich cobrir dois objetivos principais: o porto, com a defesa da ‘barreta dos afogados”, e garantir o domínio das chamadas ‘cacimbas de Ambrósio Machado’.
Próximo às cacimbas foi instalado o Forte Frederick Henrich que em decorrência de sua forma pentagonal, ficou conhecido como Forte das Cinco Pontas. O forte em terra, projetado pelo engenheiro Tobias Commersteijn, foi executado por Pieter van Bueren. Por outro lado, a construção deste novo forte preocupava os luso-brasileiros. Em agosto desse mesmo ano de 1630, os luso-brasileiros atacaram o forte ainda em construção, tentando arrasá-lo, sem, no entanto, conseguirem êxito, apesar de uma árdua luta de 2 horas.
Os holandeses, temerosos de novo ataque, decidiram construir um Reduto auxiliar da defesa, uns 400 metros mais ao sul do Forte, denominando-o de Reduto Amélia ou Emília.
Em sua primeira feição, as muralhas do Forte Frederico Henrique pouco ultrapassavam os 12 a 13 pés de altura. Construído em terra, logo os invernos deterioravam suas estruturas. Quando da Restauração Pernambucana, o Forte das Cinco Pontas foi a última fortaleza a ser conquistada pelas tropas luso-brasileiras. Foi ainda no Forte das Cinco Pontas, onde se encontrava aquartelado o general Sigismund Von Schkoppe, que foram elaborados os termos da rendição das tropas holandesas. E a 28 de janeiro de 1654, na Campina do Taborda, o general Francisco Barreto de Menezes, recebeu oficialmente os termos de capitulação, quando ficaram definidos os moldes da evacuação dos holandeses de Pernambuco.
Em 1847, o forte continuava em atividade e sua guarnição compunha-se de um capitão e 15 praças, e contava com 14 peças de bronze e 10 de ferro.
Sua primitiva feição, em forma de pentágono, com cinco bastiões, que o tornou conhecido como Forte das Cinco Pontas, foi mais tarde substituída. Após a Restauração o forte foi reconstruído em pedra e cal pelo engenheiro Francisco Correia Pinto, então em forma de quadrado, com 4 baluartes.Posteriormente o forte foi transformado em quartel e prisão.
Após as sucessivas reformas a que foi submetido, em 1637, 1684, 1822, 1904 e em 1979, - esta última correspondendo à restauração realizada através do convênio entre a SEPLAN e a SPHAN (atual IPHAN) -, a fortificação adquiriu suas feições atuais, que conserva o traçado regular e quatro bastiões poligonais.
Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_das_Cinco_Pontas
http://www.fundaj.gov.br/
Um outro ponto de destaque e que fez parte das nossas visitas foi o Museu do Trem.Em 1972, na antiga Estação Central, hoje Metrô do Recife (METROREC), foi criado o Museu do Trem. Este teve como patrono o sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre e foi orientado pelo então Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, hoje Fundação Joaquim Nabuco.
No pátio do Museu do Trem estão expostos um reboque, duas locomotivas do tipo Maria-fumaça, e uma locomotiva movida a óleo diesel. O momento foi bastante interessante e despertou a curiosodade dos alunos que tinham uma solictação da professora de geografia de observarem na cidade do Recife, o processo de industrialização e urbanismo.
Conhecemos o prédio da Assembléia Legislativa do estado e foi possível analisar elementos de sua arquitetura em estilo dórico clássico, de acordo com o padrão arquitetônico para edifícios públicos da época, a Assembléia foi inaugurada no dia 1º de março de 1875, porém a obra só foi definitivamente entregue no dia 20 de janeiro de 1876.

Visitamos o Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano edifício construído em 1856 em estilo Neoclássico.

Painel que se encontra na recepção do Ginásio Pernambucano
Alunos recebendo informações

Rio Capibaribe na frente do Ginásio Pernambucano








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Maria Perpétua Teles Monteiro