A Casa da Cultura, no Recife, foi um dos pontos altos do nosso passeio/estudo realizado nos dias 29 e 30/10/2007 e 13 e 14/11/2007 com turmas do 2º ano. Logo ivemos nossa atenção voltada para a arquitetura e história do prédio. Na entrada fomos recebidos por uma guia de apoio ao turista que nos entregou textos com a história do prédio e, na arte exterior, fez uma expoisção destacando que em 1848, o governo da Província de Pernambuco resolveu construir uma nova cadeia para a cidade do Recife e encarregou o engenheiro Mamede Alves Ferreira (1820-1862) de elaborar o projeto.
O projeto da nova Casa de Detenção do Recife ficou pronto em 1850 e foi concebido segundo o modelo de penitenciária mais moderno existente na época, que tinha como princípio básico dispor as celas dos detentos de uma maneira que elas pudessem ser vigiadas a partir de um único compartimento central de controle. O prédio, com 8.400 metros quadrados de área construída e 6.000 metros quadrados de pátio externo, terminou de ser construído, em 1867, e custou 800 mil contos de réis ao governo de Pernambuco. O edifício, em forma de cruz é composto por quatro raios, Norte, Sul, Leste e Oeste, cada um com três pavimentos, que confluem para um saguão central coberto por uma cúpula metálica.
Em 15 de março de 1973, a Casa de Detenção do Recife foi fechada pelo então governador Eraldo Gueiros Leite, sendo os detentos transferidos para outros presídios do Estado, especialmente para a Penitenciária Agrícola de Itamaracá. A idéia de transformar a antiga Casa de Detenç ão, prédio tombado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), na Casa da Cultura foi do artista plástico Francisco Brennand, na época em que exerceu o Chefia da Casa Civil, no primeiro governo de Miguel Arraes, entre outubro de 1963 até às vésperas do golpe militar de 1964. Ele queria criar em Pernambuco uma instituição similar aos centros de educação nas áreas de literatura, teatro, música e artes plásticas, que estavam sendo criadas na França pelo escritor André Malraux.
O projeto para restauração do antigo complexo neoclássico foi elaborado pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, juntamente com Jorge Martins Junior. A restauração e o aparelhamento ficaram sob a responsabilidade da Fundarpe. Em agosto de 1975, enquanto estava sendo feito o trabalho de restauração do prédio foi realizado no local, sob o patrocínio da Rede Globo e Fundarpe, o II Salão de Arte Global de Pernambuco.
A inauguração da Casa da Cultura aconteceu no dia 14 de abril de 1976. Hoje, o local é um centro de cultura regional e ponto turístico obrigatório da cidade. Suas antigas celas são ocupadas por lojas de artesanato, livraria e lanchonetes. É um espaço para shows e representações folclóricas regionais e abriga também o Museu do Frevo. Conservando as suas característica originais, a Casa da Cultura foi tombada como monumento histórico de Pernambuco, através do Decreto 6.687, de 3 de setembro de 1980.
Em 15 de março de 1973, a Casa de Detenção do Recife foi fechada pelo então governador Eraldo Gueiros Leite, sendo os detentos transferidos para outros presídios do Estado, especialmente para a Penitenciária Agrícola de Itamaracá. A idéia de transformar a antiga Casa de Detenç ão, prédio tombado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), na Casa da Cultura foi do artista plástico Francisco Brennand, na época em que exerceu o Chefia da Casa Civil, no primeiro governo de Miguel Arraes, entre outubro de 1963 até às vésperas do golpe militar de 1964. Ele queria criar em Pernambuco uma instituição similar aos centros de educação nas áreas de literatura, teatro, música e artes plásticas, que estavam sendo criadas na França pelo escritor André Malraux.
O projeto para restauração do antigo complexo neoclássico foi elaborado pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, juntamente com Jorge Martins Junior. A restauração e o aparelhamento ficaram sob a responsabilidade da Fundarpe. Em agosto de 1975, enquanto estava sendo feito o trabalho de restauração do prédio foi realizado no local, sob o patrocínio da Rede Globo e Fundarpe, o II Salão de Arte Global de Pernambuco.
A inauguração da Casa da Cultura aconteceu no dia 14 de abril de 1976. Hoje, o local é um centro de cultura regional e ponto turístico obrigatório da cidade. Suas antigas celas são ocupadas por lojas de artesanato, livraria e lanchonetes. É um espaço para shows e representações folclóricas regionais e abriga também o Museu do Frevo. Conservando as suas característica originais, a Casa da Cultura foi tombada como monumento histórico de Pernambuco, através do Decreto 6.687, de 3 de setembro de 1980.
Algo que nos chamou muito a atenção, de todos nós, na Casa da Cultura foi o painel do artista pernambucano Cícero Dias.
O pintor nasceu em 1907, no Engenho Jundya, município de Escada, a 53 quilômetros do Recife. Já aos 13 anos foi para o Rio de Janeiro, onde faria seus estudos. Lá teve contato com os modernistas e, em 1928, aos 21 anos, realizou sua primeira exposição, na verdade em uma mostra paralela ao 1º Congresso de Psicanálise da América Latina.
Os traços surrealistas de suas obras, então na maioria desenhos e aquarelas, já se faziam presentes e o artista chegou a ser considerado pelo escritor pré-modernista Graça Aranha como o primeiro manifestante do surrealismo no Brasil. Sua primeira exposição teve o apoio de amigos como Di Cavalcanti e Murilo Mendes. Foi na década de 20 que Cícero criou o famoso painel Eu Vi o Mundo... Ele Começava no Recife, que tanto impressionou os modernistas. Em 1932, voltou a seu Estado natal e, em 1937, mudou-se para a França, realizando lá, no ano seguinte, suas primeiras exposições. Em Paris, freqüentou o ateliê de Pablo Picasso e acompanhou de perto a finalização de Guernica - Picasso foi até mesmo padrinho de sua filha. Também teve como amigos André Breton e Paul Éluard.
Entre outras histórias dessa época, há o episódio em que Dias ficou preso na Alemanha com o escritor Guimarães Rosa, que estava concluindo o livro de contos Sagarana.
O pintor nasceu em 1907, no Engenho Jundya, município de Escada, a 53 quilômetros do Recife. Já aos 13 anos foi para o Rio de Janeiro, onde faria seus estudos. Lá teve contato com os modernistas e, em 1928, aos 21 anos, realizou sua primeira exposição, na verdade em uma mostra paralela ao 1º Congresso de Psicanálise da América Latina.
Os traços surrealistas de suas obras, então na maioria desenhos e aquarelas, já se faziam presentes e o artista chegou a ser considerado pelo escritor pré-modernista Graça Aranha como o primeiro manifestante do surrealismo no Brasil. Sua primeira exposição teve o apoio de amigos como Di Cavalcanti e Murilo Mendes. Foi na década de 20 que Cícero criou o famoso painel Eu Vi o Mundo... Ele Começava no Recife, que tanto impressionou os modernistas. Em 1932, voltou a seu Estado natal e, em 1937, mudou-se para a França, realizando lá, no ano seguinte, suas primeiras exposições. Em Paris, freqüentou o ateliê de Pablo Picasso e acompanhou de perto a finalização de Guernica - Picasso foi até mesmo padrinho de sua filha. Também teve como amigos André Breton e Paul Éluard.
Entre outras histórias dessa época, há o episódio em que Dias ficou preso na Alemanha com o escritor Guimarães Rosa, que estava concluindo o livro de contos Sagarana.
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